sexta-feira, 22 de junho de 2007

Findo

início
Extraí uma música dos arquivos pra te mandar. Se alguém está enjoado de ouvir essas coisas de guardar vontades, pode sair, pode ir ler outro lugar... aqui só tem disso agora. Pensei em escrever sobre o liberalismo, escrever um grande "soy a favor" no título sugerindo que o capitalismo não é filantropia, que a América Latina é de criar parasitas, que os comunistas deveriam parar de achar que o autruísmo é a ordem do dia porque nada nunca parece suplantar o ego de existir de dor ou de prazer... porque é tudo só seu. Só do eu.

fôlego
fiquei um tempo que não consegui contar pensando em diversos suspiros. ele ficou um tempo encostado numa das paredes (descascavam, aparecia a pintura cinza, mas era bege) esteve assim por uns longos segundos. nunca é fácil fugir de uma vontade de fazer algo que não era nada poético. ela ia assustar, d’um susto pediria que não tivesse mais fim.

apnéia
costumo tomar banho com um sabonete delicioso - Isabelle tem algo contra a dizer para os sabonetes cheirosos - e é bom como o mundo parece completo só porque meu sabonete é deu mel com raspa de juá. não paro pra pensar nisso, deixo ele ser só sabonete, só de um cheiro tão bom que o banho dura. semana passada o chuveiro queimou e enfrentei bem a água gelada. água gelada no inverno é de doer a pele, principalmente quando não tenho nada de chocante a dizer.... vontade de um grande tamanho, dizer aquilo tudo que eu decorei, não levem a mal. ai Isabelle... sorte que teus banhos são de um invisível mudo. sorte que teus sabonetes garantem um frescor que sua pele nunca sentiu...

sopro
separei minha vida em uns tomos. percebi que segredo bom deve sempre ser mantido da boca pra dentro, como que hermeticamente fechado no inconfessável. incompreensível.

fim do
você disse que sentia. eu disse que ia escrever, mas agora você está aqui e quero que tudo se dane. não quero escrever! desculpe leitor... é um egoísmo que me ataca sem mais nem menos, como uma bebedeira que te derruba enquanto você tenta disfarçar. então você tenta disfarçar mas fica...fica e quer ir, e quer ser a única pessoa a estar lá, fazendo absolutamente nada. gritando do alto da montanha e ouvindo o barulho engraçado que o eco faz quando sua voz se espalha entre uma brisa e outra. forte. vento. estilhaços de ar no que era pra ser rarefeito. agora se enche de sopros, suspiros, ruídos e rotações dos meus dedos entre os seus cabelos que tua mãe reclama. não corta. só agora tive coragem pra me aventurar...

2 comentários:

Anônimo disse...

Olá Priscilla, eu converso sim,,, e tem mais; essa versão de blognauta que pertenço não atualiza com frequência, por isso tenho vindo aqui só agora, mas continuo a apreciar textos fragmentados,,,
...
Está desculpada,,, because estar egoista numa ou outra oportunidade faz bem... pra vc. rsrs

Bjs e enigmáticas invenções!

Isabella Kantek disse...

Ficou no ar o cheiro da apnéia e eu tentei afastá-lo num sopro sem fim. Nada egoísta do eu. Do meu folêgo o início dos meus prazeres.

Prill, adoro esses seus pequenos textos. Praticar desatinos.

Beijos!

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...