terça-feira, 19 de junho de 2007

Aportes de todos os tipo


Breve momento de beirada

Quer? Ahhmm, não, obrigada. Parou de fumar? Não, não é isso (eu não fumo), é porque fico com medo de alguém me ver e me agredir. Mas o que aconteceu? É que tenho escrito muito... é isso. Escrito? Mas.. escrito o que? Literatura? Não.. só escrito merda (preciso comprar um maço desses...).

Breve momento de beirada (em outra beirada, onde tinha grama molhada)
Daí você chegou como se fosse normal, como num eu estou sempre disponível. Me beijou. E era de beijo e ruídos porque a saudade apareceu sem ninguém avisar, como aqueles caras que nos assaltaram certa noite (foi horrível). Quanto de ciúme que vai me bater quando você passar com a sua menina? Em quantas paredes você vai bater quando eu passar com o meu rapaz?

Num penso
Não importa o que parece estar escrito, não importa o que de fato quer ser dito. Quando você lê vira tudo seu: a palavra é sua, a frase, o poema, o sucedido. É o que você faz que é.

Contação de história
Eu estava fazendo mais uma visita à uma escola de tendência alternativa que se quer "crítica dos conteúdos". Não é isso que importa. Estavamos assistindo à contação de uma história quando reparei numa das crianças vindo na minha direção. Tive pavor como o ET do Spielberg. Ele levantou o polegar num sinal de positivo e eu não soube o que fazer; olhei pra minha mão, mas não saía nenhum sinal de positivo de lá, olhei em volta e não tinha niguém pra me salvar. Aí ele me cutucou com um dedinho de, no máximo, 5 centímetros. Cutucou a minha coxa: quer brincar de esconde-esconde. Eu?? Mas por que eu?? Mas ele não me ouviu, já tinha se metido atrás d'uma cortina e insistia pra eu entrar também, aproveitando antes pra jogar mais pano em cima dele porque dava pra ver os fundilhos. Juro que cogitei entrar naquela cortina verde com detalhes coloridos (retalhos). Cogitei, cogitei, mas algo tinha me prendido com concreto no chão, um vou não vou. Pavor como o ET do Spielberg.
O momento passa. A professora com cara de ser a mais rabugenta, com cara de ter sido a única a não se impressionar com o barulho d'um apito que imitava um passarinho todo amarelo, arrancou ele de lá de trás da cortina verde e retalhos, puxando pelo braço. Ensaiou um beijo afetuoso, mas eu desconfiei. Ficamos nos olhando por aquele tempo que leva prum tempo passar e eu ficava pensando quando é que nós iríamos conseguir nos esconder de verdade pra ninguém achar tão cedo.

2 comentários:

Isabella Kantek disse...

Adorei esses pequenos momentos!

Bruno Figueiredo disse...

Pois é, em determinado momento esta sua publicação remeteu-me a nossa conversa hoje cedo: pra que buscar sentido no que se escreve?

... deixemos (existe isso?) que os leitores façam isso.

A pessoalidade está lá, juro!

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