terça-feira, 5 de junho de 2007

a terra dos balões voados (sempre prefácio)


rede de pescar balões, bicicleta, escada, música, casacos de lã (ou um outro tecido quente e macio, incapaz de furar balões), pequenos botes, solidez de algodão doce, bobagens inúteis que a gente vai ficar sem saber porque levou, mapa rabiscado, kafka, caixas onde você guardou aquelas palavras...
mas penso (ainda) na,sensação de estar-se preso num balão que voa mais alto que as árvores mais altas e que conduz (pista secreta dos pássaros) aos frios ares daquela terra. meus pensamentos voam presos a balões que desaparecem e, por vezes, não os encontro mais - enroscam em galhos. por vezes não me lembro como volto. por vezes estou, irresistivelmente caindo. (mas) não tem importância. hoje na tua manhã pensei que cair fosse voar, então voei, e lembrei com nitidez da esmaecida eu aos menos 9 anos.

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[Des]construiu e disse "moça..." Bruno Cabelo
imagem: Evgen Bavcar

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