não aceite...
te amo na entropia
dos meus versos
te amo na entropia
dos meus versos
mas hoje estive no hospital e achei bom que não tivesse ninguém por perto, ninguém dos meus comigo, pra não me ouvir dizer (de 13 às 18) que me sentia um neurótico de guerra. principalmente, alguém por perto pra não ouvir quando o médico disse: o que vamos fazer com você? ora... não façam nada, também não sei o que é que a eu apronto. o José Roberto disse: o primeiro passo é você se cuidar conforme a medicina aconselha - mas e eu lá quero? não me conformo, o meu pâncreas, o único pâncreas que eu tive, o único que eu amei, foi embora sorrateiramente e me deixou olhando pro médico com cara de não faço idéia.
cara... eu realmente preciso da minha mão esquerda, táctil, gosto dela, dos dedos, das unhas. realmente preciso que ela continue bem pendurada onde está. e me encho novamente de limitação, as filhas da puta das limitações que não me deixam nem comer, nem beber, nem dormir, nem passear, transar em paz! o pior? ruim p’rum neo-darwinista perceber que é... precisamos fazer algo por esses genes, compensar, porque de fêmea-alfa, se tiver prova, vai ser 5 pra passar, e isso arrancando a dó de alguém, tipo o Lula.
o seio esquerdo era quase morto, dormente, e o médico ficava me espetando pra saber até onde na palma dava pra sentir: neuropatia diabética. o que dá pra sentir é lembrando logo do Hitman; tinha um personagem, o imensamente gordo Moe Dubelz, que tinha um irmão gêmeo siamês; só que o cara (o irmão) já tinha (repeti tinha 3 vezes) morrido (assassinado pelo Hitman) e ficavam os dois ligados nuns aparelhos pros órgãos que eles partilhavam continuarem funcionando. muito criativo Hitman.
lembrando logo do Hitman... como é que esse processo de pedaços meu morrendo vai se suceder? não é drama, é uma incapacidade confessa, um desânimo de me salvar. daí liga a Ana. Ana, senti um tom de piedade na sua voz ao telefone; saiba que neuróticos de guerra mutilados odeiam esse tom condoído. ah vá se fuder! perguntou do meu aniversário e me senti uma criança que rala o joelho e o pai dá um picolé.
enfim... essa é minha tentativa de ser clara, de ser blog (essa palavra é realmente ridícula) e, principalmente, de chamar atenção e ter vários page views. no futuro, podemos ter aqui um GoogleAdSense, posso lançar um livro e ficar mais famosa que a lagartixa da Rita Apoena. passante... a gente aquieta porque os cavalos do carrossel giram e sempre vão ver a mesma coisa. tudo diferente.
10 comentários:
Nossa! Juro por god que passei aqui mais cedo e tinha visto algo com o meu nome. Será que pirei? Bom, eu sou mesmo bem esquizofrênica. Posso muito bem ter imaginado isso tudo. Aliás, você é real?????? hahahahaha
É. O que você escreve ao menos é.
E muito bom.
Beijos
três e quinze da manhã...
rsrs
bjus
eu vejo os olhos para a loucura, para eu não ficar louco....rsrs
*eu fecho os olhos
(conversar por comments, essa é nova pra mim)
só queria que grande parte dessa postagem - ou melhor, toda ela -, só queria que fosse mais ficção e bem menos real...
Você se explica bem, sim. Caraca, vc se explica bem pra camramba. Beijo.
O Woverine me falou assim: Nossa! Como voce parece (o que escreve) a P. do Limao Expresso!! Fiquei curiosa e resolvi dar uma passadinha no blog.
Parabens, realmente indentifiquei algumas patologias reais.(em mim)
E na real? Voce escreve "muito bem" ...eu nem tanto...
Vou sempre aparecer.
Beijinhosss
Julie
Lembra daquela nossa conversa sobre ser visceral, ser inteiro, ser sangue e não meias verdades? E as perdas, e as barbaridades que comentam por aí?
Agora ficou tudo claro e eu não canso de te ler. Sensacional, Prill. =**
Quanto ao meu post: você tem toda a razão, o brasil não é nada brasileiro. Quanto ao seu post: eu não estva com pena de você quando te liguei, estava com pena de mim (mas deste assunto não quero falar)e preocupada com você sim. mas prefiro conversar em particular com você.
beijos
Sabe, eu sempre fico na dúvida se não estou me expondo demais no blog. Daí dou uma volta pelos posts, e vejo que não. Na verdade sempre que não estou muito bem fujo um pouco do blog pra tão ser tão carne viva por ali. Sei lá se é legal, mas é minha maneira de manter um pouco da sanidade e não fazer da minha página um diário virtual. Enfim, me contradigo, quando vejo, estou me dando por inteira em palavras soltas...
Sei lá se me expliquei bem.
: )
Beijo, Prill!
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