
...tua bicicleta estacionada no início do caminho para a terra dos balões voados
Continue a manter em segredo o que é pra ser segredo... isso me deixa feliz, se puder subir a montanha comigo de quando em vez. Você sabe que subirei vez toda porque nos divertimos lá, até quando eu estou com sono, de olho fechado e fico vendo tiras de você através dos estrados, você me explicando o que é silêncio quando eu esqueci. De lá de cima a gente vê a vida em movimento linear. Mais o que? Mais tudo que a gente quiser que seja.
Que livro tu vai levar pra montanha? Um caderno... daí posso ler eu e você também. E você, que livro leva além daquele rádio? O processo. Deveríamos levar uma máquina fotográfica? Vamos fazer um piquenique na montanha? Vamos! Seríamos felizes... Eternamente felizes, e quando as coisas dessem errado... ainda assim seriamos felizes - a vida é só um tempinho horroroso cheio de momentos deliciosos - e eu me lembraria no dia seguinte da noite anterior.
Quando a gente se muda? Não sei... preciso arrumar as coisas, vasculhar gavetas... Pegue agasalhos. Vai levar alguma coisa do passado? Coisas do passado e asas delta.
A gente não pode ficar lá pra sempre mas podemos ir lá sempre. Sempre e juntos, e o caderno em branco e meu livro, a vitrola. Lápis. Uma maquina fotográfica. Na montanha.
Estou ansiosa!! E eu então! eu vou cuidar de você. E eu de ti. Você vai poder contar do caos. E você vai poder descortinar seus segredos
engraçado...a subida não cansa.
--
desconstruiu: Bruno Cabelo