terça-feira, 17 de julho de 2007

Lugares



inultilidade, mas lugares
São inúteis, mas são lugares. Como era mesmo aquela história? Subjetivar o cotidiano... cotidiano à pé.

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Benjamin.
Cheguei há pouco da minha aventura. Estou louca de dor de cabeça e cansaço. Não houve nenhuma revelação bombástica sobre a minha vida, ainda bem. Me sinto como tendo sido vítima de alguma armadilha familiar .. não ia à casa dos meus avós desde.. desde quando? Acho que de 2003. Foi uma visita estranha, chocante e agradável. Minha tia está bem, melhor do que eu imaginava (há uma história complicada aqui nesse ponto, mas precisaria de uns gráficos e esquemas pra explicar).

Eu é que fiquei em frangalhos. Achei que não fosse conseguir chegar em casa (queriam que eu dormisse lá) porque não tinha ônibus para voltar (o Rio de Janeiro e Bombaim são o mesmo lugar, confirmei isso hoje... um misto de Bombaim e Argel), estava chovendo e, pra completar, a polícia transitava numa bela Blazer descendo e subindo a rua sem asfalto, exibindo fuzis.

esclarecimentos
van, me explica: o que quer dizer exatamente com lindo? quando confesso "queria que vissem" acho que quis dizer pra alguém ir lá ver e contar. mas eu vou discordar da opinião sempre. nunca realmente vemos. vemos? não tenho pudores com a nudez. cada palavra, frase e vírgula, entrepontos, mais me despudora. que o vizinho abra a janela, que me veja sem cortinas. já devassei a língua. da ibéria ao cabo das tormentas. devassa. não...juro que não sou maníaca depressiva, nem me deprecio. só sou exigente demais, só isso. mas egocêntrica, acredite. não tão expansiva como uma beijuca, mas medianamente histérica.

carola, por que estamos rindo? não... não pense que foi um protesto contra a alienação ou acontra as conveniências do conviver. a boa família é sempre a esquizofrênica, a medianamente histérica.


série alforrias: ciúme?
Já Luiza Conga, em 1831, teve como “expressa condição” em sua alforria “que a escrava nunca mais apareça na casa de seu senhor”; o que instiga é o motivo: “porque a escrava vai casar com Bernardo Dias de Lima”.

5 comentários:

Van disse...

Explico:
Eu tenho o costume misterioso de só olhar as coisas e as pessoas com os olhos de dentro. Não páro no invólucro corporal que te envolve, querida. Esse eu nem conheço. Mas o que vai dentro da pele, isso eu vejo (com meus olhos de dentro, repito!) e é nítido. És bela! Nas palavras, na alma, na maneira de expor o que sente, no sentir, na exigência feroz consigo mesma (eu também sou assim), no egocentrismo (eu também, eu também... Exageradamente).
Ora! E sentimento por acaso tem explicação racional?????
Beijucas expansivas pra você!
E não se preocupe tanto:
"De perto ninguém é normal!"

E agora? Entendeu, querida?

Outras. Beijucas.

Ana Luiza Paes Araújo disse...

Adoro esta alforria. Tenho três hipóteses:
1ª O senhor criou a escrava e a educou desde criança, e não fazia gosto no casamento dela com este rapaz por algum motivo desses que pais costumam ter;
2ªO senhor queria mesmo era "criar" a escrava, mas ela preferiu se deixar aos cuidados do fulano com quem ia se casar, logo, ciúmes.
3ªO senhor quis dar um presente de casamento à escrava.
nossa, quanta coisa...

Prill disse...

como presente??
o presente é se livrar dele?
a hipótese da educação é muito adorável..imagina: ter amor de pai por ela...

vou colocar outras das nossas. podíamos fazer uma postagem dedicada à Florencia...

beijos
thanks for comment

Prill disse...

van
me desculpe se pareci grossa. entendo o que você quis dizer, agradeço muito a sua gentileza diante dos meus surtos.
beijucas (ainda timidas)

Ana Luiza Paes Araújo disse...

presente de casaemnto pris, como um faqueiro ou um jogo de cama, mas neste caso o cara preferiu dar a alforria para que ela pertencesse ao único senhor que ela escolheu, o marido.
Adimito os meus ciumes pela carta da florência, mas acho que seria ótimo postar alguma coisa sobre ela. Você fará isso muito melhor que eu. Posta daí que eu comento por aqui.
beijos

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