domingo, 15 de julho de 2007

Espero nunca mais voltar

Tenho pensando na Frida Kahlo. Não coisa de dias, de semanas, talvez meses. Pensando muito. E, quando pensamos muito em alguém, é bom que se tente entender o porque da obsessão que acomete como uma torneira que não fecha mais. Se eu fosse outra pessoa, eu queria ser a Frida? Eu vejo algo na vida de Frida Kahlo que seja talvez também a minha vida? Eu partilho dos serenos que ela esteve? Se eu morresse agora, morria e ria ou chorava? São essas perguntas assim muito ridículas. Não, não compartilho dos mesmos serenos de Frida. Não acredito em Marx. Nunca alcancei a dor real - todas elas foram fitas fantasmas que me enlaçaram pela cintura e me vendaram. Nunca achei que as dores tivessem doído o suficiente. Também não tenho a paixão. Não tenho um talento porque sempre deixo meu fogo à brando, e ele passa sempre gentil sem queimar a nada além de mim como algo que ninguém pode ver (eu queria muito que vissem). É talvez uma mágoa de só existir, ainda que eu goste de só existir. Não tenho. Sou como os ossos embotados, desmarcados, entediados. Ademais, muito insatisfeita. Como ela, espero nunca mais voltar numa partida alegre.



Eu queria... poder fazer o que me dá vontade por trás de uma cortina de "loucura". Assim enfeitaria todas as flores, todo o dia, pintaria a dor, o amor e a ternura. Riria das minhas vaidades, da estupidez dos outros e todos diriam: pobre! está louca! (sobretudo riria da minha estupidez) Construiria meu mundo que, enquanto vivesse, seria meu e de todos (Kahlo)

3 comentários:

Van disse...

Querida......
Se te vale de algo: EU VEJO!
(Vc tem espelho em casa??? Daqueles de ver a alma? Não? Compre um logo porque você não está vendo o que eu vejo e existe aí dentro).
Você é linda! E ponto!
Beijuca

Van disse...

Oi, fofaaaa..... Volteeeei!
Vim colar aqui o mesmo que te respondi lá.

Eu me repito:

PRILL: O próximo lugar..... Só o meteorito sabe! Meteoritos são assim, geniosos e difíceis. Aparecem quando querem e onde querem. E esse meteorito em questão é mais difícil ainda, porque é grande. Porque é longe! E eu - ai, de mim - só o busco e espero vê-lo denovo... Nem sempre o acho! Mas busco mesmo assim. Por dentro eu sou só vontade feita de estrelas e cadências. Sou boba mesmo!!!!

Quanto aos elogios, minha querida. Eu não costumo elogiar à toa. Se elogio é porque me toca e eu gosto e eu admiro. E eu sou assim: quando gosto eu demonstro, incentivo e alimento.
E você, definitivamente merece! Não sei se sabe ou conhece o talento que tem. Por isso falo e repito!

Até a próxima sessão de terapia!
OPS! Até o próximo comentário!
hehehehehe

Beijuca

Isabella Kantek disse...

O quadros da Frida me impressionam, e ela e a vida dela. Tudo.
E então, penso, não sei se é a tristeza que me encanta e carrega... talvez seja a ignorância mesmo.

É bom ver o seu blog pulsando. Ah, é!

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