domingo, 31 de agosto de 2008

Pensar em que amar


e inda dá tempo de pensar em que é amar: jogar-se sobre dois pés e pedir pra ficar lá pra sempre igual quem pula do andar térreo e cai lá no chão com a testa.


(queria que
ele tivesse mais
metros
longos - o térreo, os pés, o chão


toda declaração de amor é uma entrega de mão única, nunca recíproca. o ser que a recebe nada pode fazer a respeito para defender-se da fraqueza do outro: o pior, o poder dos humilhados

(que o térreo fosse uma queda longa pra você não me ver cair,
não queria te incomodar com minhas necessidades Maria Madalena de beijar teus pés. quero beijar teus pés hoje, domigo, dia santo. quero ser o pecado da idolatria. quero beber a sua perna, o seu gozo, seu olho como se nunca tivesse conhecido fortaleza, agora que não a tenho mais... seja pouco paciente na falta desse meu jeito pelo térreo
dos pés e um seu
chão: conluio das delícias)

Um comentário:

Anônimo disse...

é muita razão junta

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