quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Espelhante (ou outra de tempo, atraso, idas e vistas)

num intervalo que existe - ninguém vê - entre um ou dois segundos e mais outro, ficou irremediavelmente presa nos compromissos que espremem. nesses fragmentos, nessas pequenezas de tempo, chove, faz sol e é outono tudo junto e todas essas estações assim de repente costumam causar mal estar de ler com cada vez mais freqüência aquilo que se escreveu. e parece sempre estranho quando o cachorro abre a porta com o focinho pra ver o que tem lá depois; costumava fazer o mesmo e já não faço mais. tirei todos os enfeites como se fosse dia de reis, empacotei tudo e não quis mais ver. o giro da maçaneta foi com as unhas, pra deparar com um lugar mais novo, quase corajoso de atos, onde as dores voaram espalhando. foi o que eu quis no milésimo espremido que já passa: te ver, me ver e lembrar de tudo com os olhos que eu tinha. nossos passeios e passados d'uma demanda que queríamos mais alegre.
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originalmente publicado como comentário em/para Girassol, de Kantek.

2 comentários:

Isabella Kantek disse...

Li lá e aqui e sempre me impressiono muito. Ficou muito bonito, Prill. E o seu estilo, cada vez mais consolidado.

Beijo

Van disse...

Não me venha falar que não anda produzindo decentemente depois disso aqui que acabei de ler, e de todos os outros abaixo e acima........
Affe Maria! Vou atrás de arrumar saco de confete fora do carnaval!!!!
Fodona, muié! Vc é fodona!
(palavreado baixo mas é elogio messs, e dos bão!!!!)

PS: Eu também não sou esquizofrênica!
E se depender de mim, vc jamais "falará" sozinha.

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