domingo, 19 de agosto de 2007

Marchinha da esquecida

espaço do dito
o que se fez foi mesmo incompreender o dito, tratando de misturar tantas letras e tempos de nomes ou adjetivos sinais que nunca combinaram bem, falando como se falasse aqui baixo à meio ouvido de distancia sem que ninguém veja - poucos. chão e parede: descansa, fica bem aqui, bem junto que canto... de perto, meu arrepio era de responder a pontas de dedos mas, de longe, calada que quase escondida.

marchinha da esquecida
se eu fosse só vestido de prega, se fosse todo um monte em cima do outro de linhas, botões, estampa... se eu fosse ia ser mais alinhamento - não perfeição, que fica sendo sempre a monotonia do nunca chega. ficou tão perto da gola que o nariz até reclamou de frio. se eu fosse um vestido dela de prega, de roda e até descalça... quando toda arrumada passa na cidade ninguém se esquece que é deo colônia. eu era ela, era todos os trechos que ela imaginou escrever e agora eu ficava sendo menor e descalça escapulindo à todos as vontades que se têm perto dos vestidos das moças muito olhadas. eu sentei na escadinha e quis só ser um vestido pra rodar como a vida roda: ondulada, prendida de laço, branca, pronta pra dançar.

Um comentário:

Ricardo Rayol disse...

Que beleza de texto. viaja muito nas letras, gostei. Desculpe se não apereço com ais frequencia mas ando realmente enrolado, mas gosto do seu blog, mas ojerizo esse desafios ahahahahaha.

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