sábado, 8 de setembro de 2007

atualização às 23 e 57. sem febre.
mas porque fala de você na terceira pessoa?... ela.
é só pela prerrogativa do talvez não seja eu. é improvável que a história seja minha.

but that joke isn't funny anymore...
I've seen this happen in other people's lives
And now it's happening in mine

acostamento
era porque ela não tinha relógio e, se tivesse, nunca ia aprender a ver as horas se não fossem digitais. assim, não foi por preferência, como alguns percebem, foi por um engano sensorial de demora, de alongamento dos segundos no momento mais errado. segurou o alumínio do ônibus numa forma que ficasse segura - imaginou - contra freios bruscos e esperou por exatamente E²=m.c até que o moço parasse de lhe passar os quadris quentes de calça jeans e vontade. por que ficou então? por que não deu grito? quando o barulho acorda essa ida pra escola? explica talvez, ainda passante, que estranho seria impedir um segundo estabelecido de partir embora, como se tempo fosse corrente e inescrito. foi gentil como ainda é hoje; d'uma gentileza franca e trágica. a verdade é que, mesmo se acreditasse em grito, não ia ter coragem de fazer (o) como fazia bem silêncio.

2 comentários:

Ricardo Rayol disse...

Uma caótica mas nem tanto viagem de latão.

Cris Martins disse...

é incrível como às vezes calar é tão mais fácil e provoca menos reações... expor nossas opiniões é sempre mais sofrido.
mesmo assim fico com a opção número doi.
bj e boa semana

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