quarta-feira, 16 de abril de 2008

Corpo de texto

falo assim direto num vento que é pra não demorar, pra arrepender.

pra incompreender, eu pego e barroco tudo.


Imagino que, como se fosse água de chuva empoçada, esperava embaixo mesmo de uma baita chuva que fazia poças ao redor. Assim ninguém saía de casa, ninguém na rua, ninguém ia sair pra ouvir música pra ver nada, nem luz porque chovia pros cabelos grudando nas orelhas.

corpo de texto
o que saiu da roupa na água foi tinta verde azul, um verde azul claro meio desbotado - quanto como cal - mas fica forte depois. foi só colocar as mãos dentro do balde pra passar a cor pelo papel esfregando com as palmas o chão. entre uns cochichos e outros apareciam desenhos sem planejamento que foram expostos conforme algumas pessoas gostaram. eu daqui, pessoalmente não tiro esses vestidos, fico deixando a cor das estampas, das formas todas que formam e pontos, traços linhas, deixo elas indo cair pra longe e molhar outros pés que conheço, desconheço ou encontro na esquina. não tiro e não mudo, mal escolho, vou só pra cortar as arestas, bordar algo aqui, um botão pra perto da gola, uma bainha ou aplique de flor. entregas toda hora, às vezes demora uns dias, toda hora, qualquer uma assim... randômica! hora, roda, alinha-vão, colchete, manga, morango, limão.



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vindo e re-tinto do dia 07/09/07
por ser algo escrito que tenho mui bem querer
lembra um talento queu devia ter, guardei em algum lugar, não sei aonde

2 comentários:

Ricardo Rayol disse...

as tintas sempre desbotam comigo

Anônimo disse...

Continua me impressionando de um todo sempre.
A quantas anda?
Beijo saudoso,

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