terça-feira, 22 de abril de 2008

Tentativa fracassada de escrever

É possível que seja simples como olhar sem ser
isso porque visão duvida

Foi um pouco assim, choveu em gotas grossas e depois amanheceu com sol. Espero passar dois minutos enquanto espero desenrolar a cena de todos os dias que acontece agora pela primeira vez: você reprovando o macarrão, eu na bancada pensando em fogo. Então louça, repolho, conversa e fruta. Todos os dias, e era a primeira vez.

Queria escrever de você com uns espaços do não dito, escrever com os desdizeres iguais que me contaram pra você e depois de você pra mim, mas são silêncios tão incompreensíveis que não consigo ver e sem ver me fico caída em fé. Deve ser por isso que pareceu destino descrito, retranscrito de metade dos livros que começamos a ler sozinhos aos doze anos. Só que escrevo, e não penso que há outra coisa que eu faça sem que minta, e não penso que há outra coisa que me materialize em humildes resistências (ao que aconteceu antes de eu nascer de manhã do teu lado, feita linguagem).

[entre-longa-pausa]
Desisto
[entre-longa-pausa]

Um comentário:

Ricardo Rayol disse...

não desanime pela falta de perspectivas literárias.

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