domingo, 6 de julho de 2008

Descomposturas dumas palavras sobre pernas quebradas: à trote

ditamentos que são parte da descompostura de quem queria remontar Bergman e aqueles olhos de cavalo:



The Horse's Eye Structure

The horse's eye consists of several parts which are all adapted to meet the horse's special needs.

(...)
Three chambers make up the inner eye. The anterior chamber, which is filled with a clear fluid, is located between the cornea and the iris. The posterior chamber sits between the iris and the lens and the vitreaous chamber is found behind the lens. This chamber supports the lens from behind as well as holding the retina in place at the back of the eyeball.



1.
As semelhanças encontradas entre quem quer que sejam dois, eram desajuizadas. Primeiro, são as centenas de olhares mal usados que os impediu de perceber que a razão das coisas vem do ouvido. Segundo, quando pegou o ônibus, o que ele imaginou era que estariam juntos durante, não só juntos, mas mesmo unidos, falando as mesmas coisas às mesmas horas discordantes - desentendiam já que os atos não correspondem às visões de mundo. ...durante o tempo levado para sustos e despertadores abruptos.

2.
Dessa vez não queria começar com um advérbio de tempo: nunca sabia por onde era que se entrava no texto (o homem bateu na minha porte e eu-a-bri)e nunca soube mesmo. Posso tentar explicar e ser inteligível: o que escrevo é mais do que eu digo. Abuso de dizer eu e isso me envergonha às vezes, edito. Eu não estou presente nas falas, tenho frustrações por não estar, freqüência cardíaca, presente nas falas. Falo e o que sai não é o certo, o que sai é o aparelho fono-desfibrilador que se articula enquanto, de longe, o que fica (?) na minha parte de dentro acena as respostas das perguntas que quem me parou na rua faz. Meus diálogos são tentativas, são trabalhos de ouvir o que eu digo e responder. Eu fico falando muito baixo, eu às vezes não me ouço, eu geralmente entendo errado. Dá pressa. Dá máscara. Às vezes ficam um monte de palavras juntas ou grudadas, se refrescando na pedras, e pulando e essa é a esfera dos fragmentos. Eu digo algo, eu não faço parte dos sons. Eu estreito descomposturas de cinismo ato fálico.

3. Em tudo o que riscavas, queria um testamento (Carpinejar)
Quem diria! Quando ela parou com as pernas na minha frente fiquei até sem saber. Sabia de nada mais porque eram lá, se vê, as pernas na minha frente. As pernas cheias, compostas, de pé, na minha frente e cheias. As pernas ela não cobria, usava saia, eu a usava. Quem diria... logo ela e as pernas ali de fora, na minha frente e não só as pernas, nada, nada, ela não estava vestindo nada. Fechei o olho e fiquei achando que ela não vestia nada. Minto! Ela não vestia mesmo nada não. Ela me despia, ela não tinha vergonha, sempre ela, quem seria eu então ali toda sem ela, assenhorada dela. Na minha frente. Fechei o lho de sempre, um, depois outro, como se fosse o obturador porqueu queria lembrar dela e as pernas na porta. Pelo espelho da porta.
Dei meia volta, acertei com as pontas dos ossos e carne meus três laços e minhas centenas de olhares mal cruzados ajeitaram a miopia que, se já não era cegueira, eu nunca quis operar. outras palavras onde não me reconheci - copo de Dissewiskey, por favor. Ninguém me trouxe.

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imagem: horse + eye (animal body part). gettyimages
texto: Suzan McDonald sobre uma desordem ocular que pode ocorrer nos cavalos. Wishon Ranch's Web Page

o que há...: às vezes eu não escrevo porque não tem internet na minha casa. às vezes não tem internet em Sadi Moussa e fica assim por dias.

2 comentários:

Anônimo disse...

Vim ver teu post porque você acabou de postar. en oque voltar porquee estou morta, santa.

Beijos,

Mago Ykhro disse...

E todos se reuniram, observados pelos astros. Mas a lua, como um elemento a iluminar os quatro, pela ordem era o quinto crescente. E leram sob a luz de uma lanterna. Versejavam, e era como se não percebessem a presença e os olhos enigmáticos do alazão que havia transportado a moça até ali. O olhos da moça, no entanto, cintilavam e davam a certeza de que os versos, compilados por ela mesma, vinham quebrar a aridez daqueles ventos cortantes. Madrugada a dentro, os quatro corações selaram aquele pacto. A moça partiria, mas desta vez já não seguiria sozinha. O destino seria aquele mesmo, descrito nos versos que declamaram. Quanto aos que ficaram, não tinham dúvidas: os mesmos sinais lhes valeriam. E, de fato, muitas coisas nos iluminam pelos olhos.
...........
Lerdo em Surtar (no MyBlogLog)

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