sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Na senzala, uma flor

por Justiça que damos liberdade a nossa escrava Magdalena de nação Mina que recebemos por herança por essa ser a mãe da minha mulher por isso desde já a considero livre e como tal fica de hoje para sempre. Sacramento, seis de Junho de mil oitocentos e cinqüenta.

antes (no the smiths):
1. Learn to love meAssemble the waysNow, today, tomorrow and always Minha única fraqueza é uma lista de crimes. Minha única fraqueza é...well, never mind, never mind
2. stop me oh stop me
stop me if you think that you heard this one before
(...who said I’d lied? because I never... I never! Who said I’d lied?because I never...]
3.Last night I dreamtThat somebody loved meNo hope, no harmJust another false alarm
4.vejo que a sorte que tive pode fazer um bom homem se tornar mau
5. driving in your car, please don't drop me home
6. William, isso realmente não foi nada


meio:
aldurin@to me show details 1:29 AM (25 minutes ago) Reply
1:19 AM me: por que the smiths é tão do caralho? não entendo 1:20 AM só falta você me dizer que não gosta, não faça isso
9 minutes
1:29 AM me: vou mudar de conta, peraí. você está tão quietinho hoje... que bom!1:30 AM não sabe como estou insuportável

impressão número a
o que ela não entendia e nem ia entender mesmo, era como os liquidificadores se impunham com toda força na casa. vitaminas e limonadas suiças, pensava nisso, gastava horas do dia nisso. não compreendia nada que se dá pra ascenção em escala filosófica, os grandes pensamentos, os grandes clássicos (também em vinis). mantinha esse firme reflexo obcessivo em enfiar os olhos, enfiar as lupas, as lentes das lupas dos óculos em cima das coisa minúsculas, desapercebidas, desprovidas de importância no cenário fono-literário, na psicologia, no estilo das linhas, no tamanho real das coisas - nisso lhe doía. o apego por si [só] era mesmo inútil. forçou um blog e nomeou Laranja Regressa.


expressão número b (por e-mail enviado e não obtido resposta)
...)

é que só existe inteira felicidade no reduzido à escravidão. daí você me diz "grande, eu já sabia", mas tenha paciência porque pra mim é novidade. não que tenha nascido do nada, mas só agora nasceu. e descubro que tenho vivido todo o tempo sob muitos proprietários (de escravos) e que tenho sido (assim) absurdamente infeliz. mas como largar o serviço de um - de dois três - e me dedicar inteiramente ao serviço dum único?; ao serviço do medo, dum homem, da traição, da negação de alguém, da Igreja, dos estranhos, da fotografia. tenho sido absurdamente infeliz. tenho 23 anos e vejo que sou a pessoa mais velha desse perto. velha e incapaz de parecer um pouco sábia, quando falo qualquer coisa desse tipo, (....
não sou capaz de servir a um único senhor, e o salário do pecado (o pecado é acender várias velas, é apostar em diversos planos futuros que não coincidem) é a morte. é isso. beijo.

Um comentário:

Moacy Cirne disse...

Oi, gostei de suas criações caóticas e eulíricas, de seus pequenos ensaios textuais, de seu limão com sabor de aurora. Ah, sim, cheguei aqui a partir das indicações de 'Isso é bossa nova'. Voltarei, voltarei. Abraços.

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